Profissionais de saúde da China alertam sobre falta de material médico
A escassez de máscaras se deve ao aumento da procura

Foto: Reuters/BENOIT TESSIER
O governador da província de Hubei, na China, Wang Xiaodong, apontou dificuldades das equipes médicas com a “grave escassez” de material médico, por conta da rápida progressão do coronavírus. De acordo com as autoridades chinesas, cerca de 60% dos mais de 7,7 mil casos de infeção até agora confirmados foram registrados na província de Hubei, onde ocorreram 162 das 170 mortes.
De acordo com a CCTV, um profissional de saúde de Huanggang afirmou que o "material médico do principal hospital da cidade será suficiente para apenas uma jornada de trabalho". Segundo o Ministério da Indústria e Tecnologia de Informação chinês, a escassez de máscaras se deve ao aumento da procura, mas o país já está produzindo 8 milhões de unidades a cada dia. A China produz aproximadamente metade das máscaras comercializadas mundialmente.
Nas últimas 24 horas, de acordo com o governo chinês, o coronavírus causou 38 mortes, o que constitui a mais rápida progressão desde o início da epidemia, em dezembro. Com isso, o número de pessoas infetadas aproxima-se de 7.700 apenas na China continental, número que supera as 5.327 pessoas atingidas pela epidemia de Síndrome Respiratória Aguda Severa em 2002 e 2003.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) realiza nesta quinta-feira (30), a segunda reunião para avaliar se o surto de coronavírus constitui emergência internacional de saúde. Na semana passada, a instituição considerou prematura essa declaração.
Outros países, além da China, já têm confirmados casos de infeção pelo novo coronavírus. São eles: Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Singapura, Vietnã, Nepal, Malásia, Índia, Filipinas, Austrália, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Finlândia e Emirados Árabes Unidos.