Entra em vigor nesta terça-feira (22) a proibição do agrotóxico paraquate, associado à doença de Parkinson pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A agência decidiu banir o herbicida em 2017, mas deu três anos para que apresentassem novos estudos que comprovem que o produto não traz malefícios às pessoas, mas não ocorreu.  

Contudo, produtores e indústria argumentaram que é necessário mais tempo para que os estudos sejam concluídos, e estimaram que as pesquisas devem terminar em dezembro deste ano. 

Os agricultores também defenderam que não há um produto no mercado que seja capaz de substituir totalmente o paraquate e que essa mudança pode gerar gasto para o setor.

A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), cultura no qual o herbicida é muito utilizado no processo de secagem das plantas e vagens do grão (a dessecação), o custo de produção do setor poderia aumentar em até R$ 500 milhões por safra. Já a Federação de Agricultura do Paraná (Faep) estima que alternativas custam entre 30% e 150% a mais.

A partir de hoje, indústrias e comércios que vendem ou utilizam o paraquate deverão recolher todo o estoque do produto em até 30 dias. Com o banimento, quem comercializar o pesticida estará cometendo um crime e poderá ser multado ou detido.