Projeto baiano inaugura banco de dados com diretoras de Salvador ainda este mês

Com intuito de pontuar e reconhecer a existência de cineastas soteropolitanas, a iniciativa Nosso Cinema abre formulário de preenchimento até o final de janeiro. Idealizado pela pesquisadora e diretora baiana Hilda Lopes Pontes, este é um trabalho multimedia que, em sua primeira etapa, tem o objetivo de criar uma listagem de todas as diretoras soteropolitanas em atividade, para a feitura de um banco de dados. Para acessar o cadastro, basta entrar no link da bio do instagram  do Nosso Cinema. A partir desta cobertura serão montados os perfis de todas as artistas registradas durante o processo de levantamento. Todas as realizadoras terão seus perfis divulgados na rede social Instagram, contendo uma biografia e uma foto de cada uma delas e os vídeos divulgados no Youtube serão editados e divididos por cada realizadora para serem colocados no reels do Instagram.

Para Hilda, este é um momento de grande conquista e celebração, pois o intento é uma ideia antiga, que agora ganha forma. “Esta iniciativa é sobre visibilizar e marcar a existência dessas mulheres. Passamos em um edital de memória, então o maior ganho aqui é a manutenção da memória para gerações posteriores”.

Há toda uma logística e ações programadas, de acordo com a produtora Walerie Gondim, que conferem um grau intenso de trabalho, mas que cada passo da jornada é de grande valia, pois serão colocadas em evidência artistas do mercado de Salvador. Walerie acredita que há uma progressão positiva no que se refere à quantidade de mulheres e pessoas não binárias inseridas no audiovisual baiano e nacional e, por isso, o Nosso Cinema chega em uma época bastante precisa.

Após o mapeamento inicial serão realizadas entrevistas por vídeo com parte das cineastas listadas pela equipe. O conteúdo será divulgado tanto no Youtube, quanto em formato de podcast numa plataforma de streaming de áudio. Serão vinculados uma série de vídeos, com 12 episódios, com entrevistas, que também serão transformadas em arquivo de áudio veiculados no Spotify. O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura (Prêmio Cultura na Palma da Mão/PABB) via Lei Aldir Blanc, redirecionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.