Promotores afirmam que milícias planejaram invasão do Capitólio com antecedência
Planos eram elaborados enquanto esperavam milicianos aguardavam "direção" de Trump

Foto: Reprodução/Twitter
Novos detalhes da investigação sobre a participação de milícias de extrema direita no ataque ao Capitólio em 6 de janeiro foram revelados na quinta-feira (11), coincidindo com o terceiro dia do julgamento do segundo impeachment do ex-presidente Donald Trump. De acordo com os promotores, membros do grupo Oath Keepers discutiam um plano para transportar “armas pesadas” em direção a Washington e planejavam a ação logo após a vitória de Joe Biden nas eleições. Também na quinta, cinco supostos integrantes da milícia Proud Boys foram acusados de conspiração criminosa no ataque, segundo uma queixa criminal.
Até o momento, mais de 200 pessoas foram acusadas de crimes federais na invasão instigada por Trump para tentar barrar a homologação da vitória de Biden pelo Congresso. O episódio custou a vida de cinco pessoas e levou ao julgamento de impeachment de Trump nesta semana, sob a acusação de incitar a insurreição. Nos novos relatos estão alegações de que um membro do Oath Keepers estava “aguardando orientação” do então presidente sobre como lidar com os resultados da votação nos dias que se seguiram à eleição. “O Potus (sigla para referir-se ao presidente no cargo) também tem o direito de ativar unidades.
O caso contra Watkins e seus dois co-réus, Thomas Caldwell e Donovan Crowl, está entre os mais sérios que surgiram da vasta investigação sobre a invasão. Os promotores afirmam que os três Oath Keepers, que enfrentam acusações de conspiração, aparentaram ter trabalhado com outros grupos extremistas e “começaram a conspirar para desfazer” os resultados da eleição logo após a sua realização.