Protesto faz com que primeiro-ministro iraquiano Adel Abdul Mahdi renuncie ao cargo
Nas ruas, a pressão permanece intensa, tanto na capital Bagdá como nas cidades do sul

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Um comunicado do gabinete do primeiro-ministro iraquiano, Adel Abdul Mahdi, revelou nesta sexta-feira (29) que o mesmo apresentará sua renúncia ao Parlamento para que os parlamentares possam escolher um novo governo.
Ainda de acordo com o comunicado, a decisão de Abdul foi uma resposta a um pedido de mudança de liderança feito mais cedo nesta sexta pelo principal clérigo xiita do Iraque, o grande aiatolá Ali al-Sistani.
O líder religioso xiita, de 89 anos, expressou pela primeira vez apoio inequívoco aos manifestantes que desde outubro exigem a queda do regime e a renovação da classe política, que acusam de corrupta, de ignorar a população e de reprimir os protestos com violência.
Pouco depois do sermão do aiatolá Sistani, um manifestante faleceu em Nasiriya, cidade do sul do país, o que elevou a mais de 400 o número de vítimas fatais em dois meses de protestos.
Na quinta-feira (28), 46 manifestantes morreram e quase mil ficaram feridos em várias localidades do país, na região sul e em Bagdá.