Quaest: 49% dos brasileiros consideram injusto uso da Lei Magnitsky contra Moraes e 39% apoiam
Levantamento também mostra divisão sobre impeachment do ministro do STF

Foto: Ton Molina/STF
Quase metade dos brasileiros (49%) considera injusta a aplicação da Lei Magnitsky, imposta pelos Estados Unidos contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, segundo pesquisa Quaest divulgada nesta segunda-feira (25).
Outros 39% apoiam a medida, e 12% não souberam ou não responderam. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou para menos.
A sanção a Moraes foi anunciada no dia 30 de julho. A Lei Magnitsky permite aos EUA aplicar sanções econômicas a indivíduos acusados de violações graves de direitos humanos, sendo apelidada de “pena de morte financeira”.
O levantamento aponta que a percepção de injustiça é maior entre quem se define como de esquerda, mas não é lulista (80%), eleitores de Lula no segundo turno de 2022 (72%), moradores do Nordeste (56%), pessoas com renda familiar de até dois salários mínimos (53%), católicos (53%), quem tem 35 anos ou mais (50%) e mulheres (49%).
Já o apoio à sanção vem principalmente de eleitores de Jair Bolsonaro no segundo turno (75%), bolsonaristas (74%), pessoas de direita não bolsonaristas (74%) e evangélicos (49%). Entre os homens, a divisão é quase equilibrada: 48% consideram injusta e 44%, justa.
Impeachment de Moraes
A pesquisa também perguntou sobre o impeachment de Alexandre de Moraes: 46% são a favor da saída do ministro, 43% contrários e 11% não souberam ou não responderam. Dentro da margem de erro, os números estão tecnicamente empatados.
Apoiam o impeachment principalmente bolsonaristas (83%), eleitores de Bolsonaro no segundo turno de 2022 (82%), moradores do Sul (59%), evangélicos (55%) e pessoas com renda familiar acima de cinco salários mínimos (54%).
Entre os que se posicionam contra a retirada de Moraes estão pessoas de esquerda não lulistas (83%), eleitores de Lula (68%), moradores do Nordeste (53%) e quem tem até ensino fundamental completo (49%). Mulheres responderam 44% “não” e 43% “sim”, em empate técnico.
A pesquisa Quaest foi encomendada pela Genial Investimentos e ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais entre os dias 13 e 17 de agosto.
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