Queda na média móvel de morte da segunda onda de Covid-19 estaciona em 18 estados, diz levantamento
Dados revelam ainda que capacidade dos hospitais em lidar com a segunda onda é menor do que na primeira

Foto: Reprodução/Metrópoles
Os números registrados em 18 estados apontam que a queda na média móvel de mortes por Covid-19 das últimas semanas chegou ao fim. O que é mais preocupante, no entanto, é que em 11 estados, a estabilização desse índice é superior ao pico da primeira onda de mortes.
Isso significa dizer que a margem de manobra dos sistemas hospitalares para lidar com o aumento nas vítimas é menor do que na segunda onda se iniciou, o que aumenta ainda mais a risco das unidades de saúde não evitarem um novo colapso.
Por conta disso, a média móvel como um todo se estabilizou em um índice de aproximadamente 1,9 mil mortes por dia, após ter chegado a 3,1 mil no auge da segunda onda. Sendo que o pico atingido na primeira foi de 1,1 mil. As informações são do Ministério da Saúde, que serviram de base para o cálculo feito pelo site Metrópoles.
“Infelizmente, a pandemia aqui no Brasil não está controlada”, resume o médico infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) Julival Ribeiro. Mesmo assim, prossegue ele, “as medidas vêm sendo relaxadas e temos uma grande preocupação de que ocorra um aumento do número de casos, ou mesmo uma terceira onda de mortes”.
Ele aponta que, somado a isso, a predominância de novas cepas mais contagiosas também favorece uma possível terceira onda da doença. Ele cita a nova variante indiana, que pode ter chegado ao país pelo estado do Maranhão. “Hoje já se vê aumento nas internações em UTIs em alguns lugares”, conclui.


