Quedas na Bolsa de Valores ampliam crise econômica
Após valorização em 2019, B3 acumula perda diante da perspectiva econômica global

Foto: Reprodução/ Agência Brasil
Em meio à pandemia de Covid-19, provocada pelo novo coronavírus, e recessão e crise política que movimenta as tensões do Brasil, preocupa investidores. Após ser valorizado e atingir recordes com 120 mil pontos em 2019, a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) sofre queda diante da perspectiva econômica global.
Ao fechar em 77.557 pontos na última sexta-feira (15), o índice acumulou queda de 32,9% neste ano. A perda é superior ao ganho em 2019, de 31,6%. De acordo com dados da Economática, desde janeiro, as empresas listadas na B3 perderam R$ 1,44 trilhão em valor de mercado, volume equivalente a 20% do Produto Interno Bruto (PIB) previsto pelo governo neste ano, de R$ 7,1 trilhões.
A queda da Selic, a taxa básica de juros da economia, para os menores patamares da história provocou uma renda negativa em aplicações de recursos fixo, levando o investidor doméstico para a bolsa. Atualmente, quem permanece perde dinheiro ou segue sendo otimista, na esperança de que as ações baratas sejam valorizadas no futuro.
Com a piora no cenário econômico e tensões políticas, especialistas acreditam que 2020 será um ano desafiador para o investidor em ações. Os 400 mil novos aplicadores pessoa física que entraram na B3 em abril, totalizando 2,4 milhões, viverão com incertezas nos próximos meses.