‘Quem irá pagar esses prejuízos?’, questiona Alckimin sobre protestos
Político esteve nesta quinta (3) no Planalto, acompanhado da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Geraldo Alckmin, vice-presidente da República eleito, afirmou que os protestos que ocorrem em diversos pontos do país contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República são "despropositados" e questionou sobre quem irá pagar os prejuízos dos dias parados.
O político esteve acompanhado da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, no Palácio do Planalto no começo da tarde desta quinta-feira (3) para a primeira reunião da equipe de transição que reúne nomes indicados por Lula e pelo atual presidente, Jair Bolsonaro (PL). A reunião foi realizada com o ministro chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), designado por Bolsonaro para a transição.
“O direito de ir e vir é sagrado. Não é possível você impedir as pessoas de se locomover. É grave o que está acontecendo porque você pode comprometer a saúde das pessoas e prejuízos. A pergunta é, quem vai pagar esses prejuízos, quem vai ser responsabilizados por esses prejuízos?”, questionou o vice-presidente eleito.
Na tarde desta quinta, manifestantes bloqueavam totalmente o fluxo em 13 rodovias federais. Em outros 60 pontos, há interdição parcial, segundo informou o último balanço divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Segundo o órgão, os protestos ocorrem em sete Estados. Santa Catarina ainda possui a maior parte, com 16 interdições e 11 bloqueios. Mato Grosso tem 24 interdições, seguido por Rondônia com 10. Os outros Estados são Amazonas, Mato Grosso do Sul, Pará e Paraná.
De acordo com números divulgados hoje pelo ministro da Justiça, Anderson Torres, até agora, já foram registradas 37 prisões e foram aplicadas 4,2 mil multas a motoristas que bloqueiam rodovias federais em todo o país. Ainda segundo ele, as infrações de trânsito somam R$ 11,3 milhões.
Questionado sobre o que pensava do pedido de alguns manifestantes, que defendem, Alckimin afirmou que “É tão despropositado que não merece nem comentário”.
Essa foi a primeira reunião oficial da equipe de transição, que inicia os trabalhos oficiais na segunda-feira, m6, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). A equipe de transição do presidente eleito da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), poderá custar até R$ 3,2 milhões.