'Queremos leis que punam, para que haja responsabilidade', diz irmã de jovem morto após ser atingido por carro em Salvador

Vítima morreu após ser atingida por um carro, dirigido por Eduardo Costa de Araújo no dia 12 de dezembro de 2020

['Queremos leis que punam, para que haja responsabilidade', diz irmã de jovem morto após ser atingido por carro em Salvador]

FOTO: Reprodução/TV Bahia | Reprodução/TV Bahia

A primeira audiência de instrução da batida que matou o jovem Tauan Silva Santos, aos 23 anos, enquanto pilotava uma moto no dia 12 de dezembro de 2020, ocorreu nesta segunda-feira (8), em Salvador. A batida aconteceu na Avenida Octávio Mangabeira, no final da madrugada de sábado (12). O motorista, Eduardo Costa de Araújo, de 21 anos, estava sem a documentação dele, do carro e apresentava sinais de embriaguez. 

A irmã de Tauan, Tarine Carvalho, solicitou justiça e punção para Eduardo, para que outras pessoas não sejam mortas nas mesmas circunstâncias. “São [quase] dois anos de sofrimento, dois anos de muita tristeza, aguardando esse momento, que a gente espera que a Justiça seja feita, porque no ato do acidente ele pagou uma fiança de um salário mínimo e foi solto. A gente não quer ter mais família gravando reportagens pedindo justiça", afirmou ela.

"Nós queremos leis que punam as pessoas, para que as pessoas tenham a responsabilidade de entender que um carro, uma moto, é uma arma que tira vidas e faz as pessoas sofrerem, e terem que aprender a conviver com esse vazio no nosso peito", acrescentou.

"Hoje é um dia crucial, um dia muito importante, que a gente espera que a lei seja feita [cumprida]. Não que isso vá amenizar nossa dor, porque nada vai trazer Tauan de volta, mas que as pessoas tenham um pouco mais de responsabilidade, de mais amor”, completou a irmã do jovem.

A mãe do rapaz, Claudete Anastácia, também falou sobre a perda do filho, que era acompanhado por um primo, em uma segunda moto, quando foi atingido pelo carro de Eduardo.

“Queremos a justiça. Tem um jovem aí, independentemente de como ele esteja, ele está vivo, com a família dele, e eu perdi meu filho. É uma dor que não tem como expressar. Nós queremos a justiça dos homens sim, e eu também confio na justiça de Deus. Não há nada para preencher um vazio, que só uma mãe sabe. A dor de não ter mais um filho é muito difícil”, afirmou.

Caso

Eduardo bateu o veículo que dirigia em um poste, na madrugada de 12 de dezembro de 2020, atingiu a moto de Tauan e o arrastou por mais de 100 metros. Depois, ele perdeu o controle do veículo, que caiu em uma área de gramado, às margens da Avenida Octávio Mangabeira.

Eduardo ainda tentou agredir as pessoas que estavam ajudando a prestar socorro à vítima, e depois tentou fugir – e acabou sendo segurado no local por pessoas que acionaram a polícia. Ele chegou a ser levado para a Central de Flagrantes, mas pagou fiança e foi liberado.

De acordo com relatos de testemunhas, antes de atingir a moto de Tauan, Eduardo dirigiu pela contramão e passou pela vítima em alta velocidade.

Após o acidente, Tauan chegou a ser levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde passou por uma cirurgia na cabeça. Ele também teve fraturas nas duas pernas. Os órgãos de Tauan, entre eles o coração e os olhos, foram doados pela família.


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