Rádio e grafeno viram aliados em terapia contra câncer ósseo
Os resultados podem abrir portas para que a terapia ocorra com quantidade baixa do radiofármaco

Foto: Secretaria da Saúde de Sergipe/Arquivo/Divulgação
O uso de grafeno aliado ao rádio-223 pode se tornar uma nova terapia contra o câncer ósseo, conhecido como osteosarcoma. A descoberta é de um grupo de pesquisa formado por equipes do Instituto de Engenharia Nuclear (IEN), no Rio de Janeiro, e da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), com bolsistas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
O cloreto de rádio, que usa o rádio-223, já é um medicamento em uso no tratamento de tumores. Segundo o analista sênior do IEN e coordenador do projeto, Ralph Santos-Oliveira, “o rádio-223 é um potente emissor de radiação alfa, com efeito muito importante contra células cancerosas. Ao colocarmos junto à estrutura do grafeno, potencializamos o efeito do rádio de atuação nos pontos de metástase do câncer ósseo”.
Os ataques aos tumores não são o único efeito do possível novo tratamento. Segundo Ralph, o grafeno funciona como uma espécie de “andaime”, integrando-se e dando maior resistência ao osso. Isso é importante porque o câncer ósseo enfraquece a estrutura.
Os resultados podem abrir portas para que a terapia ocorra com quantidade baixa do radiofármaco. O que pode reduzir o custo da terapia e diminuir os efeitos colaterais no tratamento do câncer ósseo.