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Randolfe Rodrigues diz que será votado requerimento para convocação da médica Nise Yamaguchi

Médica defendeu a mudança na bula da cloroquina

Ás

Randolfe Rodrigues diz que será votado requerimento para convocação da médica Nise Yamaguchi

Foto: Reprodução

O vice-presidente da CPI da Covid-19 no Senado Federal, Randolfe Rodrigues, disse que será votado um requerimento para convocação da médica Nise Yamaguchi, que defendeu a mudança na bula da cloroquina, incluindo a indicação contra o novo coronavírus, conforme confirmou nesta terça-feira (11) o presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antônio Barra Torres.

Em seu depoimento na CPI, Barra Torres registrou que o documento para mudança da bula do medicamento foi comentado pela médica em uma reunião, com o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Mas Torres teria reagido mal e explicado que apenas a farmacêutica pode mudar a indicação.

"Esse documento foi comentado pela Dra. Nise Yamaguchi, o que provocou uma reação – eu confesso – até um pouco deseducada ou deselegante minha. A minha reação foi muito imediata de dizer que aquilo não poderia ser, porque só quem pode modificar uma bula de um medicamento registrado é a agência reguladora daquele país, mas desde que solicitado pelo detentor do registro. Então, vamos trocar isso em miúdos. O laboratório X fabrica o remédio. Então, o laboratório X descobre, através de estudos clínicos, que aquele remédio tem uma outra utilização. Isso representa benefício para a sociedade e, obviamente, ganho de dinheiro para aquele laboratório. Então, ele anexa um pesado dossiê de estudo clínico comprobatório de que aquela nova indicação é comprovada, dá entrada na agência reguladora do país e solicita alteração de bula por inclusão, por supressão, por ajuste. Então, quando houve uma proposta de uma pessoa física fazer isso, isso me causou uma reação um pouco mais brusca. Eu disse: "Olha, isso não tem cabimento, isso não pode"", falou.

Randolfe Rodrigues disse que o depoimento de Torres foi "contundente" e teria mostrado que existe, de fato, uma espécie de "comando paralelo" que aconselha o governo e que tenta influenciar no Ministério da Saúde de forma "obsessiva" para adoção do tratamento precoce da infecção, mesmo sem comprovação de eficácia.  "A minha posição sobre o tratamento precoce da doença não contempla essa medicação, por exemplo – não contempla –, e contempla, sim, a testagem, o diagnóstico precoce e, obviamente, a observação de todos os sintomas que a pessoa pode ter e tratá-los, combatê-los o quanto antes. Essa doença mostra que, quando ela acomete nível pulmonar, já é um pouco tarde para atuar, os resultados são muito ruins no diagnóstico de médio prazo e tardio", explicou o presidente da Anvisa.

Randolfe falou que ainda na noite desta terça os membros da CPI devem se reunir para decidir quando serão votados os requerimentos e qual o melhor protocolo para disponibilização dos documentos que têm chegado à Comissão.

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