Raquel Dodge tem apoio de membros da Lava-Jato diante da crise
A procuradora geral recebeu oito membros da força tarefa de Curitiba nesta terça-feira (16)

Foto: Divulgação STF
Na tarde desta terça-feira (16), em meio à toda questão da polemica divulgação dos aplicativos de mensagens dos procuradores da Lava-Jato, onde a investigação foi analisada de maneira minuciosa, a procuradora Raquel Dodge reuniu-se com oito membros da operação.
Participaram da reunião os procuradores de Curitiba Deltan Dallagnol, Julio Noronha, Roberson Pozzobon, Laura Tessler, Antônio Augusto Teixeira Diniz, Isabel Groba Vieira, Antônio Carlos Welter e Paulo Roberto Galvão. Pela PGR participaram, além de Dodge, os procuradores Raquel Branquinho, Alexandre Camanho, Eliana Torelly, Mara Elisa e Oswaldo José Barbosa Silva.
A reunião que foi marcada a pedido da procuradora durou cerca de três horas e aconteceu na sede da procuradoria em Brasilia. Nenhum dos participantes deu declarações à imprensa.A Corregedoria da instituição também informou aos procuradores que arquivou todos os pedidos de investigação da conduta deles.
"O apoio institucional, financeiro e de pessoal ao combate à corrupção e ao crime organizado feito pela força-tarefa Lava Jato continuará, para que o patrimônio público seja preservado e a honestidade dos administradores prevaleça, pois o contraditório e a ampla defesa têm sido usados nas ações judiciais para assegurar que o trabalho esteja apto a produzir efeitos legais válidos", disse Dodge em nota oficial.
O órgão não havia informado o que fora falado na reunião sobre as mensagens trocadas entre os procuradores pelo aplicativo Telegram. O teor das conversas vem sendo publicado pelo site The Intercept Brasil e outros veículos, incluindo a Folha de S.Paulo.
Segundo a nota da PGR, o corregedor-geral do Ministério Público Federal, Oswaldo José Barbosa Silva,um dos participantes, afirmou que nunca houve "uma tentativa tão agressiva de minimizar o Ministério Público".
Deltan disse na reunião que está tranquilo. "Temos tranquilidade em relação ao que fizemos. Não ultrapassamos a linha ética. Somos um grupo grande que sempre decidiu em conjunto. Sucessivas pessoas passaram por lá, a atuação era técnica e legítima", afirma.
A procuradora vem sendo cobrada por membros do Ministério Público Federal que esperavam dela uma defesa mais incisiva. Seu mandato dura até setembro e segundo ela, após esse período, estará à disposição para ser reconduzida ao cargo pelo presidente Jair Bolsonaro.