O registro de 114 mortes entre segunda e terça em decorrência do coronavírus colocou o Brasil em um perigoso ranking: o dos países mais afetados pela pandemia do novo coronavírus. De acordo com o Ministério da Saúde, o país registrou 667 mortes e um total de 13.717 casos oficiais confirmados. Apenas o estado de Tocantins não contabilizou mortes. O que preocupa na aproximação do Brasil desses países é a confirmação de que a crise gerada pelo coronavírus está em curva de crescimento.

O Ministério da Saúde estima que o Brasil entre daqui um mês na fase de aceleração descontrolada de casos do coronavírus, o início desta etapa está previsto ocorrer entre 4 e 10 de maio. A partir da fase de aceleração, o país deve começar a caminhar rumo ao pico de casos, previsto para o início de junho. A quantidade de casos de coronavírus deve começar a desacelerar a partir de meados de junho. A projeção torna ainda mais urgente a preocupação com a escassez de leitos de UTI, equipamentos, a sobrecarga do sistema de saúde, além dos impactos da pandemia na economia.

As próximas semanas serão desafiadoras não apenas para o Brasil, mas para toda a América Latina, afirmou a diretora da Organização Pan Americana da Saúde (OPAS), ressaltando que tudo vai depender do cumprimento das medidas para evitar os contágios e dos recursos disponíveis. "A situação vai piorar antes de melhorar, e todos precisamos estar preparados para as próximas semanas que serão ainda mais difíceis", afirmou Carissa Etienne, titular do escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS).