Rede de influenciadores é investigado por incentivar corridas ilegais nas ruas do Rio de Janeiro
Os influenciadores também são acusados de divulgação de jogos ilícitos nas redes sociais
Foto: Reprodução
A Polícia Civil realizou, na manhã desta segunda-feira (8), uma operação que tem como alvo uma rede de influenciadores que, de acordo com as investigações, incentivavam "pegas" (corridas ilegais, como "rachas") e manobras perigosas em ruas movimentadas do Rio. Quatro pessoas foram presas e, 5 carros, 5 motos e 2 quadriciclos foram apreendidos.
Um dos alvos foi visto circulando em uma moto aquática adaptada pela ponte Rio-Niterói, no começo do ano. Segundo a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), eles também foram vistos na pista do BRT e em linhas férreas. As investigações começaram a partir de vídeos que circulavam nas redes sociais onde os investigados realizavam manobras de alto risco nas ruas.
A polícia afirma que os integrantes do grupo usam a exibição das manobras para se promover, obter lucro e notoriedade. Também foi identificado um padrão coordenado de atuação, com postagens sincronizadas, uso das mesas hashtags e aparições conjuntas para se promover com a participação em eventos clandestinos com a exibição de motos e outros veículos caros, além da promoção de infrações de trânsito.
O titular da DRCI, o delegado Luiz Lima, contou ao g1 que as infrações se transformavam em monetização nas redes sociais. Ele estima em "milhões" o lucro do grupo, mas não especifica um valor. Ele também disse que, no celular desses influenciadores, havia a exploração de jogos ilícitos.
"São duas investigações que correm paralelamente. Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelos crimes do Código de Trânsito, contra essas arruaças. Mas, na verdade, quando examinamos os aparelhos celulares deles, vimos que faziam exploração de jogos ilícitos. Arregimentar seguidores e divulgar jogos ilícitos, ganhando em cima disso", disse o delegado.
Os policiais buscam por telefones e outros elementos que possibilitem identificar outros envolvidos no crime e bens usados nas infrações. Os influenciadores são investigados pelos crimes de atentado contra a segurança de meios de transporte, adulteração de sinal identificador de veículo, incitação ao crime e associação criminosa.
