Referência do feminismo negro pode virar heroína da Pátria

Entre os anos finais da década de 70 e início dos anos 80, Maria Beatriz foi uma presença constante na retomada dos movimentos sociais negros.

Por Da Redação
Ás

Referência do feminismo negro pode virar heroína da Pátria

Foto: Divulgação

Nessa (12), a Comissão de Educação (CE) aprovou a inclusão de Maria Beatriz Nascimento no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, que fica no Panteão da Pátria e Liberdade Tancredo Neves, na Praça dos Três Poderes, em Brasília (PL 614/2022). Com a aprovação, o projeto segue para análise da Câmara dos Deputados.

O relatório pela inclusão de Maria Beatriz Nascimento no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria foi feito por Daniella Ribeiro (PSD-PB). O autor da homenagem foi Paulo Paim (PT-RS).

Na CE, o relatório de Daniella foi lido por Flavio Arns (Podemos-PR). Destaca que Maria Beatriz nasceu em Aracaju em 1942, filha de um pedreiro com uma dona-de-casa, junto a uma família com 9 irmãos. Em 1949 a família migrou para a periferia do Rio de Janeiro. Apesar das dificuldades, Maria Beatriz priorizava os estudos, e conseguiu formar-se em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1971.

Junto a outros militantes do movimento negro, fundou o Grupo de Trabalho André Rebouças, na Universidade Federal Fluminense (UFF), em 1981, quando concluiu a pós-graduação em História.

Maria Beatriz Nascimento chegou a iniciar um mestrado na Faculdade de Comunicação Social da UFRJ em 1994, sob a orientação do sociólogo e jornalista Muniz Sodré. Mas não pôde concluí-lo, pois foi assassinada em janeiro de 1995 pelo companheiro de uma amiga. Maria Beatriz a havia aconselhado a terminar o relacionamento em razão das violências domésticas que sofria. Foi sepultada no cemitério São João Batista, no Rio, com a presença de muitos militantes do movimento negro brasileiro.

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