Reforço da Pfizer após Coronavac aumenta eficácia para 92,7%
Estudo mostra que terceira dose é essencial para idosos

Foto: Getty Images
Um estudo, publicado na revista Nature na última quarta-feira (9), mostra que uma dose de reforço da vacina da Pfizer após duas da Coronavac aumenta em 92,7% a eficácia contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Segundo os cientistas, com o mesmo esquema vacinal é possível impedir o agravamento do quadro em 97,3% dos casos.
A pesquisa, produzida por 14 cientistas de universidades brasileiras e internacionais, analisou informações de cerca de 14,3 milhões de brasileiros que realizaram teste rápido de antígeno ou RT-PCR. O banco de dados foi disponibilizado pelo Ministério da Saúde. De 24 de fevereiro de 2020 a 11 de novembro de 2021, cerca de 23,4 milhões de pessoas se submeteram a testes por suspeita de infecção pelo coronavírus.
Da amostra analisada pela pesquisa, os vacinados com a Coronavac somam 913.052. Destes, 7.863 receberam uma dose de reforço de Pfizer. A maioria (93,4%) foi testada 30 dias após o reforço. Segundo estudos anteriores com a Coronavac, em comparação com não vacinados, de 14 dias a um mês após as aplicações, a eficácia do imunizante foi de 55% contra a infecção clássica e de 82,1% em desfechos graves. Após seis meses, a taxa de proteção caiu para 34,7% e 72,5% contra o agravamento dos casos.
Para a população com 80 anos ou mais, a imunização com as três doses se mostra muito importante. "A proteção com a segunda dose para os idosos já não era tão boa e eles estavam desprotegidos, mas voltaram a atingir um patamar alto quando receberam a Pfizer", afirma Guilherme Werneck, pesquisador da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.


