Reggae é o ritmo escolhido por Luiz Caldas para seu último álbum de 2021

Ao ouvir um reggae e fechar o olho, a imaginação pode rolar solta e muitas cenas passarem pela cabeça. No caso das dez faixas de reggae compostas por Luiz Caldas para o álbum “Cabeça Pronta”, que ele lança amanhã (1º), a cena que o inspirou saiu das tradicionais festas de largo tão comuns em Salvador num passado recente, quase sempre embaladas pela sonoridade do reggae que o artista revisita nessa nova produção.

“Esse era o som que rolava em todas as barracas das festas de largo, e essa memória é tão clara que eu quis registrar nesse álbum, aproveitando para celebrar a Bahia e a sua alegria”, comenta Luiz. “Cabeça Pronta” é o 117º disco do projeto de lançamentos mensais do artista e estará disponível a partir do dia 1º no site de Luiz Caldas e nas principais plataformas de streaming.

A escolha do nome do álbum também é uma celebração, desta vez à capacidade do ser humano de crescer e evoluir. “A gente nasce como um livro em branco que vai se aprontando, vai sendo escrito, ganhando conteúdos, guardando 

histórias e conhecimentos. Um livro pode ser um balde de tesouros, e a cabeça do homem também, a ideia é essa”, explica ele.

Numa das músicas, "Colheita" (Luiz Caldas e Nagib), ele aborda as adversidades que a vida sempre apresenta (A hipocrisia tá na cara da cidade/ Pela minha cor me negam oportunidade/ Faço da dor um escudo firme pra vencer/Veladamente há racismo no poder), mas oferece o contraponto da determinação e da teimosia como saída (Lutei, penei, mostrei que posso conseguir/ Não me deixavam entrar então eu invadi/A sabotagem tá na hora de escolher/Se você não der testa você vai perder).

“A pessoa com a cabeça pronta é justamente aquela pessoa que está naquele momento da vida em que pode conseguir fazer tudo que se propõe, porque a cabeça está equilibrada, tem paz, tem raiva, tem tudo um pouco, e sabe usar tudo de forma comedida para chegar onde quer”, arremata.

Nas gravações, Luiz assina a maioria dos instrumentos, como guitarras, teclados, bateria, percussão e violão. Além de Nagib que divide com Luiz a autoria de “Colheita”, o álbum traz composições com parceiros de longas datas como Cesar Rasec (“Jasmim”) e Sergio Peres (“Mil Caminhos”).