Reinfecção por covid-19 é possível e pode ser grave, diz Fiocruz

Estudo foi publicado Publicado na Social Science Research Network

Por Da Redação
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Reinfecção por covid-19 é possível e pode ser grave, diz Fiocruz

Foto: Getty Images

De acordo com um estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado na última quarta-feira (23), casos assintomáticos da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, não oferecem imunização. Publicado na Social Science Research Network, o trabalho reforça a ideia de que a reinfecção pelo SarsCov2 é possível e pode resultar em um quadro grave da doença.  

O virologista Thiago Moreno, principal autor do estudo, disse que apressou ao máximo a divulgação dos resultados por uma questão de responsabilidade social. "Sinto como uma questão de responsabilidade social divulgar o quanto antes", afirmou Moreno, lembrando que estamos às vésperas do período de festas e viagens de férias. "Se você já teve uma infecção assintomática ou branda, isso não significa que não vai ter de novo, nem que será branda novamente", disse.

O estudo foi feito no Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz) a partir do sequenciamento de genótipos do novo coronavírus. A pesquisa acompanhou semanalmente quatro indivíduos que não apresentaram nenhum sintoma desde o início da pandemia, em março. Durante o processo, foram realizados testes sorológicos e RT-PCR em todos os indivíduos acompanhados e todos testaram positivo, embora fossem assintomáticos.

No sequenciamento dos genomas, os pesquisadores confirmaram que uma pessoa contraiu o vírus associado a um genoma importado e outra apresentou uma estrutura viral associada ao genoma que já circulava pelo Rio de Janeiro. Segundo Moreno, um dos voluntários procurou novamente o grupo de pesquisa no final de maio, alegando sinais e sintomas mais fortes de covid-19, como febre, e perda de paladar e olfato. Para o virologista, o trabalho reforçou a noção de que a reinfecção é possível, algo comum entre os vírus respiratórios. 

Há a possibilidade de formação de uma resposta adaptativa específica para combater o invasor. Essa resposta é que forma a imunização. Um outro problema, segundo Moreno, é que em alguns casos pode até acontecer uma imunização, mas que não é duradoura. 
 

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