Reinventar estratégias
Confira o editorial desta quinta-feira (12)

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
A Campanha de Vacinação contra Poliomielite e Multivacinação, prorrogada até 30 de novembro na Bahia, é um valioso esforço para recuperar as vacinas atrasadas de crianças e adolescentes com menos de 15 anos de idade.
Existe uma corrida para a vacina contra a covid-19, mas existem doenças que são tão importantes e que também levam a óbito, como sarampo, rubéola, febre amarela, difteria e tétano. Para elas, existe vacina, vale ressaltar, sempre.
Prorrogação de campanha, no entanto, é sempre um sinal de alerta de que a população, a cada ano, negligencia mais a existência e importância de vacina – o eminente movimento de negação à necessidade da vacina contra a covid-19 dá indícios.
Recentes pesquisas mostram que as principais causas das baixas coberturas vacinais no Brasil se devem ao descaso e à desinformação. Pessoas apontaram motivos pessoais para a não vacinação dos filhos, como esquecimento, medo de efeitos colaterais e falta de tempo.
Foi constatado, ainda, que os jovens deixam de vacinar seus filhos com mais frequência por não terem convivido com certas doenças comuns em outras épocas e que desapareceram por algum tempo, mas que hoje retornam com força. O sarampo é um exemplo.
Além disso, ofertar a vacina é ‘dever de casa’ do governo, do secretário de Saúde, dos prefeitos e secretários municipais, mas está nítido, que pelas sucessivas prorrogações destas campanhas, todo ano, o Poder Público precisa reinventar estratégias que alertem e incentivem a população para a imunização.