Governo de Hong Kong pede desculpas após polícia pulverizar mesquita durante protesto
A polícia usou o canhão de água, gás lacrimogêneo e gás pimenta para combater os manifestantes
Após uma manifestação que aconteceu em Hong Kong, a chefe do Governo, Carrie Lam, e o chefe de polícia visitaram a mesquita de Kowloon para pedirem desculpas aos líderes da comunidade muçulmana.
Durante o protesto de domingo (20), uma viatura da polícia pulverizou com água tingida de azul algumas pessoas que se encontravam em pé à frente do portão da mesquita.
A polícia usou o canhão de água, gás lacrimogêneo e gás pimenta para combater os manifestantes que permaneceram nas ruas no final de uma manifestação não autorizada, durante a qual se exigiram reformas políticas e um inquérito independente á atuação policial.
A emissora local RTHK informou que as pessoas fora da mesquita estavam no local para protegê-la. Com isso, as autoridades de Hong Kong esforçaram-se para minimizar as consequências do incidente, que os manifestantes usaram como o exemplo mais recente do que apelidam de táticas policiais desproporcionadas.
Segundo o Fundo da Comunidade Islâmica, Hong Kong é o lar de mais de 300.000 muçulmanos.
Nas redes sociais, a polícia disse no domingo que a pulverização da mesquita foi um acidente e enviou representantes para se encontrarem com os líderes da mesquita. “É lamentável que a operação de dispersão tenha causado um impacto não intencional na mesquita de Kowloon”, escreveu na sua página na rede social Facebook.