Relator apresenta relatório final do PL do Metanol com penas de até 15 anos
Proposta, relatada por Kiko Celeguim, já teve urgência aprovada na Câmara

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
O deputado Kiko Celeguim (PT-SP) divulgou nesta sexta-feira (24) o relatório final do projeto de lei que amplia as punições para crimes de falsificação e adulteração de bebidas e produtos alimentícios, conhecido como PL do Metanol.
A proposta altera o Código Penal e a Lei dos Crimes Hediondos, prevendo penas de até 15 anos de prisão quando a adulteração resultar em morte.
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O projeto já teve regime de urgência aprovado e deve ser votado pelo plenário da Câmara dos Deputados na próxima semana, conforme a pauta divulgada pela Presidência da Casa.
Inclusão de “jabutis”
A pedido da equipe econômica do governo, o relator incluiu no texto trechos de uma medida provisória sobre o IOF (MP 1303), que foi rejeitada pela Câmara há duas semanas.
As mudanças acrescentam ao PL dispositivos de ajuste fiscal e controle de gastos públicos, como:
-Inclusão do programa Pé-de-Meia no piso constitucional da educação e criação de um fundo permanente para o benefício;
-Limitação do seguro-defeso à dotação prevista na Lei Orçamentária Anual, com exigência de biometria e cruzamento de dados;
-Redução para 30 dias do prazo máximo do auxílio-doença concedido por análise documental (Atestmed);
-Fixação de limite orçamentário para a compensação financeira (Comprev) entre o INSS e os regimes próprios de previdência de estados e municípios;
-Endurecimento das regras de compensações tributárias de PIS/Cofins, para coibir créditos indevidos.
Esses dispositivos, sem relação direta com o combate à falsificação, foram apelidados pelo próprio relator de “jabutis do bem”.


