Relator do processo contra Eduardo Bolsonaro votou a favor da urgência do PL da Anistia e da PEC da Blindagem
Escolha foi defendida pelo presidente do Conselho de Ética

Foto: Wesley Amaral/Câmara dos Deputados
O deputado Delegado Marcelo Freitas (União Brasil-MG) foi designado relator do processo que pode resultar na cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na Câmara dos Deputados. Parlamentar de segundo mandato, Freitas já votou favoravelmente a propostas alinhadas ao bolsonarismo, como a urgência do Projeto de Lei da Anistia, renomeado para PL da Dosimetria, e a PEC da Blindagem.
Schiochet justificou a escolha afirmando que a decisão buscou garantir imparcialidade no colegiado. “Na nossa visão, a gente não pode deixar o colegiado ser influenciado por questões externas. Isso pesou muito na escolha do deputado Delegado Marcelo Freitas, tenho certeza de que vai seguir a imparcialidade. E é isso que precisa ter, atentar-se aos fatos e ao mérito da questão, e não à exposição externa”, declarou em entrevista ao Acorda, Metrópoles.
O PL da Dosimetria tramita em regime de urgência e pode ser votado diretamente no plenário da Câmara, sem passar por comissões temáticas, mas o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), ainda não marcou a data.
Já a PEC da Blindagem foi rejeitada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado de forma unânime e arquivada pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Antes disso, o texto havia sido aprovado na Câmara em dois turnos, com 353 votos a favor, 134 contrários e uma abstenção no primeiro, e 344 votos a 133 no segundo.
Freitas foi eleito pela primeira vez em 2018, quando estava filiado ao PSL, partido pelo qual Jair Bolsonaro venceu a disputa presidencial naquele ano. Em 2022, foi reeleito pelo União Brasil, mesma legenda do presidente do Conselho de Ética da Câmara, Fabio Schiochet (SC).