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Relatório de PL Antifacção pode instaurar caos jurídico, diz Ministério da Justiça

Ministério da Justiça e Segurança Pública diz que mudanças irão beneficiar criminosos investigados

Por Da Redação, Agência Brasil
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Relatório de PL Antifacção pode instaurar caos jurídico, diz Ministério da Justiça

Foto: Rafa Neddermeyer / Agência Brasil

Em nota divulgada na noite desta quarta-feira (12), O Ministério da Justiça e Segurança Pública criticou o terceiro relatório apresentado pelo deputado Guilherme Derrite (PP-SP) para o Projeto de Lei Antifacção, que está sendo discutido na Câmara dos Deputados.   

“O último relatório tem o potencial de instaurar um verdadeiro caos jurídico ao propor inovações para alterar, de forma assistemática e pouco técnica, institutos de longa data testados pela jurisprudência dos tribunais”, afirma a nota. 

Segundo a nota do governo, no parecer protocolado na Câmara, há “pontos que representam retrocessos jurídicos e institucionais inaceitáveis”. O governo afirma que há uma insistência em “debilitar financeiramente a Polícia Federal” e as demais forças de segurança da União. 

Isso porque, de acordo com o governo, haveria intenção de desvio de recursos às forças de segurança para fundos estaduais “ao invés de criar instrumentos para descapitalizar o crime organizado, como constava do projeto originalmente enviado pelo Governo à Câmara”. 

Na nota, o Ministério da Justiça afirma acompanhar “com preocupação” a sequência de relatórios apresentados à Câmara dos Deputados pelo relator, que é secretário licenciado de segurança pública do governo de São Paulo. 

Outro ponto criticado pelo governo é que Derrite teria ignorado a proposta governamental de criar um novo tipo penal, o da “facção criminosa”. O ministério afirma que o debate é urgente, mas não pode ser feito de forma “açodada”, a fim de não “fragilizar o enfrentamento ao crime organizado”.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública acrescenta que trabalha para preservar as competências da Polícia Federal, especialmente quanto à sua autonomia funcional e sustentabilidade financeira, “bem como para assegurar aos brasileiros uma legislação penal moderna que os proteja adequadamente contra a atuação das facções criminosas”.

Os governadores do Rio de Janeiro, Santa Catarina, Goiás e a vice-governadora do Distrito Federal pediram ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), pelo menos mais um mês de discussões do Projeto de Lei Antifacção. O presidente da Câmara disse, segundo os governadores em entrevista à imprensa, que levaria a proposta de adiamento de votação aos líderes das bancadas. 

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