Renan Calheiros afirma que 'os depoentes não colaboram' com a CPI

O empresário Marcos Tolentino é o depoente desta terça (14)

Por Da Redação
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Renan Calheiros afirma que 'os depoentes não colaboram' com a CPI

Foto: Agência Senado

O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), disse nesta terça-feira (14), durante conversa com a imprensa, que “as expectativas são as melhores possíveis"  para o depoimento do advogado e empresário Marcos Tolentino, apontado como sócio oculto do "FIB Bank". Na ocasião, no entanto, o relator afirmou que os depoentes, em geral, “ não colaboram”. 

“Eles  procuram escamotear, fugir e deixar de responder. Muitos se prevalecem do habeas corpus e, dessa forma, preferem silenciar diante dos questionamentos. Nós avançamos fundamentalmente nas investigações. Então, nós vamos ouvir o Marcos Tolentino e já sabemos das relações entre as empresas. Tudo que a gente sabe leva à comprovação de que ele é o dono da FIB Bank, que deu garantia para os contratos da Precisa e para muitos outros contratos do Ministério da Saúde. É uma enrolada sem fim, uma empresa fictícia. Esse cenário representa a condução do governo na pandemia e na compra de vacinas”, disse. 

Para Calheiros, o depoimento vai contribuir positivamente porque servirá para checar fatos já obtidos pela comissão. “Nós já temos as informações, mas esses depoimentos são importantes porque eles amarram as pontas da investigação. Nós vamos apresentar o relatório final ainda neste mês, mas ainda vamos decidir. Não há necessidade de prorrogar o relatório. Só se, em uma eventualidade, apareçam casos relevantes”, afirmou. 

A Justiça Federal de Brasília autorizou a condução coercitiva do empresário Marcos Tolentino à CPI da Pandemia caso ele não compareça ao seu depoimento, marcado para esta terça-feira (14). Segundo o juiz Francisco Codevila, da 15ª Vara, Tolentino possui o direito de permanecer em silêncio pelo habeas corpus concedido pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, mas existe uma “obrigação imposta a todo cidadão”, se convocado em condição de testemunha, de prestar depoimento caso seja solicitado por uma autoridade.
 

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