Reprovação aos ministros do STF volta a subir e atinge 33%

Levantamento foi realizado pelo Datafolha

Por Da Redação
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Reprovação aos ministros do STF volta a subir e atinge 33%

Foto: Agência Brasil

Uma pesquisa realizada pelo Datafolha aponta que a reprovação à atuação dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF)    voltou a crescer. Segundo o levantamento, 33% dos entrevistados consideram o desempenho dos ministros ruim ou péssimo e 24% avaliam a atuação deles como boa ou ótima. Para 36%, a avaliação é regular, e outros 7% não souberam responder. Na pesquisa anterior, em agosto de 2020, a reprovação era de 29%, ante 27% que consideravam o trabalho dos magistrados ótimo ou bom.

Na semana passada, o Datafolha ouviu presencialmente 2.074 pessoas em 146 municípios de todo o país. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. Em relação ao resultado, o levantamento aponta que o fato de o STF decidir rever processos envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), réu da Operação Lava Jato, pode ter influenciado no resultado. Em março, o ministro Edson Fachin anulou as sentenças contra Lula nos casos do tríplex e do sítio de Atibaia. Na sequência, o ex-juiz Sergio Moro foi considerado, pela Segunda Turma da corte, suspeito em sua atuação relacionada ao ex-presidente.

Esta, entretanto, não foi a pior avaliação dos ministros aferida em pesquisas do instituto. Em dezembro de 2019, a taxa de ruim/péssimo era superior, com 39%. Posteriormente, em maio de 2020, o Datafolha apontou uma melhora significativa na avaliação da população sobre o trabalho dos ministros do STF. As taxas de bom/ótimo superaram na ocasião as de ruim/péssimo, 30% a 26%. Na época, o Supremo teve papel importante na crise do coronavírus ao decidir pela autonomia de estados e municípios para ordenar medidas de restrição à circulação da população.

Na pesquisa deste mês, os piores índices de avaliação do Supremo estão entre apoiadores do presidente Bolsonaro. A avaliação negativa dos ministros do STF sobe para 49% quando considerados apenas os entrevistados que pretendem votar em Bolsonaro no pleito de 2022. A rejeição à atuação dos ministros do Supremo também é alta entre homens (37%), entrevistados com escolaridade de nível superior (41%) e aqueles que não pretendem se vacinar contra a Covid (46%). No recorte regional, há mais reprovação à corte no Sul, região conhecida por ser mais simpática ao bolsonarismo,do que no Nordeste: 37% a 30%.
 

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