Retorno do protecionismo ameaça quase US$ 50 bilhões em exportações

A volta do protecionismo no mundo, que aumentou com a pandemia, é uma ameaça direta a quase US$ 50 bilhões em exportações. A cifra considera: carne bovina, soja, farelo de soja e café, que representam metade das vendas externas do agronegócio. As informações são do jornal O Globo.

Em 2020, as exportações desses produtos somaram US$ 47,6 bilhões. Neste ano, com a alta dos preços das commodities no mercado internacional, a receita deve ser bem maior. 

Para o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, as exportações do agronegócio está na linha de tiro e os superávits podem acabar. "Isso sem contar açúcar, carne suína e frango. O mundo está mais protecionista, e o Brasil tem que fazer o dever de casa "Isso sem contar açúcar, carne suína e frango. O mundo está mais protecionista, e o Brasil tem que fazer o dever de casa", disse Castro. 

Ao jornal britânico Financial Times, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Carlos França, classificou o projeto protecionista de uma espécie de "miopia" da União Europeia. Na ocasião, ele também criticou o governo francês pelos subsídios a seus agricultores. 

"O que eu não posso aceitar é que o meio ambiente seja usado sob uma forma de protecionismo comercial. É ruim para os fluxos de consumo e comércio", pontuou.