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Revenda diz que governo definiu preços 'irreais' para botijão do Gás do Povo

Para o Sindigás (Sindicato das Empresas Distribuidoras de Gás LP), os preços definidos pelo governo criam "situação desafiadora" em algumas regiões

Por FolhaPress
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Revenda diz que governo definiu preços 'irreais' para botijão do Gás do Povo

Foto: Ricardo Stuckert/PR

NICOLA PAMPLONA - Representantes do setor de gás de cozinha disseram que os preços definidos pelo governo para o programa Gás do Povo "estão fora da realidade" e geram situações desafiadoras em algumas regiões, onde os valores ficaram bem abaixo do praticado.

Os valores foram publicados no Diário Oficial da União em edição extra na sexta-feira (17) e serão utilizados como base para reembolsar os revendedores credenciados a comercializar o produto gratuitamente para famílias com renda de até meio salário mínimo, cadastradas no CadÚnico.

A Abragás (Associação Brasileira das Entidades Representativas da Revenda de Gás LP) disse, porém, que a revenda concordou em aderir ao programa "desde que fosse com os preços médios regionais por estado" divulgados em pesquisa da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis).

A tabela divulgada pelo governo, porém, veio com preço bem mais baixo em alguns estados. No Amazonas, por exemplo, a diferença chega a cerca de R$ 30 no botijão de 13 quilos. Em São Paulo, de quase R$ 16.

"Os valores divulgados estão fora da realidade em algumas regiões do país, o que poderá levar as revendas desses estados a não aderirem ao programa", afirmou a entidade, dizendo que vem mantendo conversas com o governo para ajustar os preços.

"Se não houver ajustes nos valores para essas regiões, ficará inviável aderir ao programa porque os valores não cobrem os custos das operações", reforçou. "A Abragás defende a adesão de todas as revendas no programa, desde que não inviabilize os resultados operacionais das revendas."

Para o Sindigás (Sindicato das Empresas Distribuidoras de Gás LP), os preços definidos pelo governo criam "situação desafiadora" em algumas regiões, mas o setor diz ainda estar analisando o cenário em cada cidade e com cada parceiro comercial.

O segmento de distribuição é parceiro do governo no desenvolvimento do Gás do Povo. Teve alguns desentendimentos, principalmente em relação à definição de preços estaduais, mas em geral tem trabalhado para que o programa seja bem-sucedido.

O programa é uma bandeira do terceiro governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e levou meses em gestação, com diversas idas e vindas e embates com a área econômica.

O sindicato estima que, com a distribuição de botijões de graça para até 16 milhões de famílias, o programa deve elevar em até 8% as vendas de GLP (gás liquefeito de petróleo) envasado em pequenos vasilhames no país.

Para isso, o setor precisará em torno de cinco a dez milhões de novos botijões para atender o aumento da demanda. As empresas já iniciaram conversas com os fornecedores, afirma, mas os negócios ainda não foram fechados.

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