Ricardo Barros vira réu em processo na Justiça Eleitoral do Paraná
Mais quatro pessoas estão incluídas na ação relacionada ao esquema de propina na Copel

Foto: Agência Brasil
A Justiça Eleitoral do Paraná aceitou denúncia contra o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, e mais quatro pessoas. Após a ação, todos os envolvidos viraram réus em um processo que apura um suposto esquema de pagamento de propinas e lavagem de dinheiro em contratos da Companhia Paranaense de Energia (Copel).
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR), o deputado teria recebido valores da Galvão Engenharia para facilitar a compra, pela Copel, de parques eólicos da empresa. Em dezembro de 2013, a Copel anunciou a compra da carteira de projetos eólicos da empresa Galvão Energia e Participações por R$ 160 milhões, no total de 552,7 MW, o que incluía a participação de 50,1% na São Bento Energia e no Complexo Eólico Cutia, empreendimentos nos quais a Copel possuía participação de 49,9%.
Ainda de acordo com a denúncia, o esquema envolveu a compra de duas empresas do setor de energia eólica, as duas da Galvão Engenharia, pela companhia. Parte dos pagamentos foi feita em espécie e outra parte por meio de doações eleitorais. Ricardo Barros, no entanto, nega as acusações.
A denúncia foi oferecida pelo MP-PR em 13 de outubro e aceita pela 3ª Zona Eleitoral de Curitiba em 17 de novembro. O processo corre sob sigilo. Além do deputado, também viraram réus Jean Alberto Luscher Castro, executivo da Galvão Engenharia, Eduardo Queiroz Galvão, membro do Conselho de Administração da Galvão Engenharia, e os empresários Delmo Sérgio Vilhena e Élio Alves Pereira.