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Ricardo Eletro protocola maior plano de recuperação judicial do varejo brasileiro

Valor está estimado em R$ 4 bilhões

Por Da Redação
Ás

Ricardo Eletro protocola maior plano de recuperação judicial do varejo brasileiro

Foto: Reprodução/Jornal de Brasília

A varejista Ricardo Eletro, que pertence ao grupo Máquina de Vendas, apresentou na noite de terça-feira (14), a minuta do seu plano de recuperação judicial, a maior já realizada no setor de varejo. Com dívidas de cerca de R$ 4 bilhões e pouco menos de 20 mil credores, a empresa fechou 400 lojas e “está endereçando o negócio para ser uma plataforma digital”, afirma Salvatore Milanese, sócio-fundador da Pantalica Partners, assessoria financeira da empresa. 

O documento detalha as diretrizes do plano de recuperação, como a forma de pagamento a cada tipo de credor. O pedido de recuperação judicial da varejista foi aprovado pela Justiça em agosto e teve os efeitos da pandemia como justificativa final, após uma série de dificuldades enfrentadas pelo grupo (que também detém as marcas Insinuante, Salfer, City Lar e EletroShopping).

No texto, a Máquina de Vendas propõe que os credores com garantia real recebam seus pagamentos com o valor de um excedente do caixa da empresa. Na prática, a proposta é que o que passar do caixa mínimo, de R$ 100 milhões, seja distribuído aos credores. Além disso, será aplicado deságio de 85% sobre os valores.

Caso seja aceito, o pagamento começa após a rede quitar os seus “credores estratégicos”. Segundo Luiz Deoclecio Fiore, sócio da OneBehalf, esses credores são, em geral, fornecedores que optam por manter o fornecimento e têm vantagens no recebimento de seus créditos.

Já os credores sem garantia real, no valor de até R$ 3,5 mil, receberão R$ 1,5 mil no prazo de até dois anos, a partir da homologação. Aqueles que tiverem a receber mais de R$ 3,5 mil terá o pagamento atrelado ao excedente do caixa mínimo.

Com a venda de ativos físicos a Ricardo Eletro deve apostar no e-commerce. A rede pretende manter cem lojas físicas. Para Fiore, o plano da empresa tem problemas. Ele considera que a imposição do caixa mínimo de R$ 100 milhões dificulta que os credores recebam seus valores de direito. 

“O plano deveria ter a situação fiscal da empresa mais detalhada. A companhia teve problemas com pagamentos à União e isso não está exposto de forma que os credores tenham uma noção completa do que a empresa tem a pagar”, avalia. 

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