Rio Grande do Sul permanece tentando se reerguer após um ano de catástrofe no estado
O estado enfrenta desafios econômicos e sociais significativos para reverter os danos causados pelas enchentes

Foto: Reprodução/Gilvan Rocha/Agência Brasil
Um ano após as enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul em 2024, muitas cidades ainda sofrem com os prejuízos causados pela catástrofe. É o que revela uma série do jornal CNN Brasil.
A série mostra que na região do Vale do Taquari, uma das áreas mais afetadas, cidades como Muçum, com menos de 5 mil habitantes, não foram capazes de se recuperar dos danos causados pela tragédia que acometeu o estado.
Entre os prejuízos causados à cidade, o destaque vai para a infraestrutura, onde pontes foram levadas pela força das águas, deixando comunidades isoladas por meses. O transporte entre as cidades de Arroio do Meio e Lajeado, por exemplo, foi feita por botes e passarelas flutuantes durante um longo período.
Uma nova ponte definitiva foi entregue em abril de 2025, quase um ano após a tragédia. A nova ponte é 51 metros maior e 5 metros mais alta que a antiga estrutura.
Um engenheiro especialista destacou ao CNN que, em Porto Alegre, capital gaúcha, as comportas por onde a água entrou durante a tragédia, não passavam por uma manutenção desde 2020. As casas de bombas também não possuem manutenção apropriada.
Os impactos para o transporte aéreo também foram imensos. O Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, principal aeroporto do estado, foi atingido pelas águas que atingiram um metro e meio de altura, o terminal ficou interditado entre maio e outubro de 2024.
O serviço só foi retomado em dezembro, após um investimento de 426 milhões de reais, aprovado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para a reconstrução da infraestrutura.
Após um ano da tragédia, o Rio Grande do Sul ainda tenta se recuperar dos estragos, enfrentando desafios econômicos e sociais significativos.