Rodrigo Maia nega estender calamidade até 2021

Segundo o presidente da Câmara, extensão passaria a investidores "uma sinalização muito ruim"

[Rodrigo Maia nega estender calamidade até 2021]

FOTO: Agência Brasil

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse no último neste sábado (17), durante um evento na internet promovido por uma corretora, que não pretende pautar uma extensão do estado de calamidade, que foi declarado em razão da pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Segundo ele, estender esse estado de calamidade passaria a investidores "uma sinalização muito ruim" sobre o compromisso do país com a responsabilidade fiscal.

"Prorrogar a calamidade, em tese, vai gerar a prorrogação da PEC da Guerra e, automaticamente, prorrogando a PEC da Guerra vai passar uma sinalização muito ruim para aqueles que confiam e precisam da credibilidade da âncora fiscal para continuar investindo ou voltar a investir nesse país", disse o presidente da Câmara. "A gente já viu que ideias criativas geram desastres econômicos e impactam a vida das famílias brasileiras", completou Maia.

O decreto que reconhece o estado de calamidade autorizou a União a não cumprir a meta fiscal prevista para este ano e a elevar gastos públicos para financiar as ações de enfrentamento à crise. O prazo para o fim do decreto é 31 de dezembro de 2020 contudo, uma parte do Congresso vem defendendo a extensão do decreto até o início de 2021 como saída para permitir um aumento de despesas no ano que vem. Caso o decreto seja prorrogado, viabilizaria uma nova extensão do auxílio emergencial pago pelo governo para trabalhadores informais e a criação do Renda Cidadã, programa que substituiria o Bolsa Família.

Ainda durante o evento na internet, Maia afirmou que não existe possibilidade de o auxílio emergencial ser prorrogado. "A pandemia e a estrutura que foi construída para seu enfrentamento tem data para acabar, que é 31 de dezembro de 2020. Qualquer coisa que mude essa regra vai gerar um impacto muito grande em indicadores econômicos que vão afetar muito mais a vida dos brasileiros do que um, dois ou três meses de renda mínima", disse.

De acordo com Maia, a prorrogação do auxílio ou a criação de um novo programa de distribuição de renda podem gerar aumento de popularidade no curto prazo, mas isso não se mantém a longo prazo.
 


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