Ronaldo Caiado se posiciona contra federação União Brasil e PP: “Trouxe mais desgaste do que resultados”

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), comentou nesta terça-feira (4), em conversa com jornalistas, sobre as discussões envolvendo a possível federação entre o União Brasil e o Progressistas (PP). Segundo ele, o modelo tem gerado desgaste político em diversos estados e precisa ser reavaliado pelas direções nacionais das siglas. Caiado afirmou que vai pedir que a federação não seja oficializada.

A reunião, prevista para esta quarta-feira (05), será, nas palavras do governador, uma “prévia” antes de uma convocação formal da Executiva Nacional do União Brasil. “Esse assunto vai ter uma prévia na quarta-feira. Eu vou estar em Brasília amanhã, nós discutiremos esse tema. Não é ainda uma reunião da executiva, mas vou pedir, sem dúvida nenhuma, a convocação da executiva, porque realmente é algo que tem trazido muito desgaste para os partidos em vários estados da Federação”, afirmou.

Caiado também disse que em Goiás a relação entre as legendas é respeitosa, mas que, em outros locais, a divisão de comando tem provocado conflitos. “Não é o caso de Goiás. Tenho uma convivência muito respeitosa com Alexandre Baldi e o PP sempre foi nosso aliado. Mas é lógico que o PP, ao mesmo tempo, não quer ser presidido por outro partido. Isso não traz um bom relacionamento”, avaliou.

O governador citou exemplos de líderes que deixaram suas siglas por insatisfação com a federação. “O deputado Pedro Lupion, que é uma das maiores lideranças do país, acaba de sair do PP e foi para o Republicanos. Então, quantos também não estarão esperando a janela para poder sair? Cada partido quer ter sua independência territorial”, disse.

O governador defendeu que cada legenda mantenha sua autonomia nos estados. “Se cada um cuidar do seu quadrado, dos seus deputados e senadores, entra na eleição muito mais forte. O ideário do União Brasil e do PP é o mesmo, então não há por que um tutelar o outro nos estados”, completou.

Caiado denfedeu os modelos de fusões ou federações só fazem sentido em casos de risco eleitoral. “Pode haver federação, sim, desde que o partido esteja em risco de não atingir o coeficiente eleitoral. Mas não é o caso: nós temos 59 deputados, e eles, 50. São dois partidos grandes e relevantes no cenário nacional”, disse.