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Rui Costa critica volume de emendas e diz que modelo não existe em nenhum lugar do mundo

A afirmação ocorre em um momento tenso na relação entre o governo Lula e o Congresso Nacional

Por FolhaPress
Ás

Rui Costa critica volume de emendas e diz que modelo não existe em nenhum lugar do mundo

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), criticou nesta segunda-feira (7) o volume de emendas parlamentares no Brasil durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.

"A sociedade brasileira precisa discutir qual é o modelo que vai fazer com que o Brasil construa um futuro melhor para os brasileiros. É esse modelo em que nós pegamos quase metade do Orçamento livre de uma nação e se aplica em um efeito aerossol de emendas parlamentares?", questionou.

Ele afirmou também: "Em que lugar do mundo existe esse modelo onde se pega quase metade do Orçamento livre de uma nação e, ao invés de se aplicar em logística, em reduzir custos estruturais, apostar em ciência, tecnologia, educação e saúde, se pulveriza?".

A declaração foi feita em resposta a pergunta sobre a influência dos repasses financeiros aos parlamentares na articulação de pautas entre Executivo e Legislativo.

A afirmação ocorre em um momento tenso na relação entre o governo Lula e o Congresso Nacional. Há duas semanas, o Legislativo derrubou decreto que aumentava as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Governistas vêm tentando explorar o conflito. Eles têm inundado suas redes sociais com a retórica da luta entre pobres e ricos, cenário em que o presidente da República estaria entrando em choque contra poderosos interesses empresariais e financeiros.

No discurso capitaneado pelo PT, estimulado pelo Planalto e disseminado por perfis alinhados, a campanha é formada em boa parte por vídeos produzidos por inteligência artificial e tem como mote a defesa da "taxação BBB", em referência a "bilionários, bets e bancos" -grupos que formariam um poderoso lobby em parceria com o centrão e a direita no Legislativo.

Rui Costa minimizou as dificuldades no Legislativo, citou vitórias do governo em votações e disse que "não dá para jogar dois anos fora" nem afirmar que "foi tudo ruim".

O chefe da Casa Civil também afirmou que acha possível reestabelecer uma relação com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), após os desgastes.

"Essa semana é o momento de voltar a sentar com os líderes", disse.

Na entrevista na TV Cultura, o chefe da Casa Civil também foi questionado sobre o projeto aprovado em junho no Congresso que aumentou o número de deputados na Câmara. Ele disse que é "pouco provável" que o presidente Lula sancione a lei.

O presidente pode deixar de sancionar a nova legislação -evitando um desgaste junto ao eleitorado-, o que delegaria a medida para o presidente do Congresso, o senador Davi Alcolumbre.

Rui Costa também falou sobre a relação com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e negou atritos com o colega. "Nós podemos ter, e tivemos em algum momento, opiniões aqui e ali diferentes, o que é natural."

Também descartou que haja problemas de comunicação dele com outros ministros.

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