Rui Costa diz não ter nenhuma expectativa em relação a mudanças no governo após reunião com os governadores

Durante a solenidade de formatura dos alunos do Curso Especial de Formação de Sargentos da Polícia Militar, nesta terça-feira (24), o governador da Bahia, Rui Costa (PT), comentou a respeito da reunião entre governadores realizada nesta segunda-feira (23). Segundo ele, um dos pontos discutidos foram os projetos “que tem causado enormes prejuízos a população brasileira, aos estados e municípios”. Rui citou como exemplo a Lei que modifica o imposto de renda. 

“Só para a Bahia dá um prejuízo direto e imediato de R$ 700 milhões a menos. Então, a Bahia que já enfrenta grandes dificuldades, com esse projeto enfrentará ainda mais. Além de outros projetos que tramitam no congresso que também dão um expressivo prejuízo ao povo baiano”, disse.

Rui Costa disse que a segunda pauta discutida na reunião foi o drama que o Brasil vive com o aumento da pobreza, desemprego, a piora dos indicadores econômicos, o aumento da inflação, a escassez de produtos, dificuldade de relacionamento com outros países, entre outros.  

“Tudo isso provocado pela incapacidade do governo federal de fazer gestão e para esconder essa incapacidade, o governo aumenta o tom e a agressividade com as instituições, com os governadores, prefeitos, com o judiciário. Isso é péssimo para o cidadão de bem, o cidadão comum, que todo dia há de se perguntar, mas o que eu tenho a ver com isso? Tem a ver por que com a instabilidade jurídica e inconstitucional, com a insegurança nós afastamos investimentos externos e internos, aumento o desemprego e a pobreza”, frisou

Ele acrescenta ainda que “com uma política econômica atrelada ao dólar, e com essas agressões que o presidente faz, o dólar volta a subir, e, portanto, o impacto direto disso é a subida no preço dos combustíveis, alimentos, insumos, construção civil. O país vive uma tragédia”, concluiu.

O petista informou que não tem expectativa da reunião. “Nós caminhamos para a busca de um consenso entre os governadores, porque alguns insistiram que temos que manter a porta aberta e buscar sempre o diálogo mesmo que nós não acreditemos. E obviamente eu sou daqueles que sempre busca garantir o consenso e união com os governadores, que basta o dissenso com o presidente da República. Eu pessoalmente não acredito que haverá alguma alteração do padrão de comportamento da presidência, porque esse é o modus operandi que ele exercita desde o primeiro dia do seu mandato”, declarou Rui Costa.