Rússia lança maior ataque aéreo da guerra e deixa ao menos 12 mortos na Ucrânia
Ofensiva com drones e mísseis atingiu mais de 30 cidades

Foto: X/Reprodução
Ucrânia foi alvo neste domingo (25) do mais intenso ataque aéreo registrado desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022. Segundo as autoridades ucranianas, o bombardeio matou ao menos 12 pessoas e deixou dezenas de feridos em Kiev e em diversas regiões do país. O ataque ocorreu no mesmo dia em que a capital celebrava o feriado nacional do Dia de Kiev.
De acordo com o porta-voz da Força Aérea da Ucrânia, Yuri Ihnat, a ofensiva envolveu 367 projéteis, sendo 69 mísseis de diferentes tipos e 298 drones, entre eles modelos Shahed, de fabricação iraniana. Os alvos incluíram mais de 30 cidades e vilarejos, atingindo regiões como Zhytomyr, Kharkiv, Odessa, Mykolaiv, Khmelnytsky, Dnipro e Sumy.
Horas após o ataque, Rússia e Ucrânia realizaram a maior troca de prisioneiros desde o início da guerra. Cada país repatriou mais de 300 combatentes, totalizando 606 soldados libertados. A troca já havia sido parcialmente iniciada na sexta-feira, com outros 390 prisioneiros transferidos, e decorre de um acordo firmado entre as partes durante negociações em Istambul, no início do mês.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou a devolução de 303 militares ao território ucraniano, incluindo membros das Forças Armadas, da Guarda Nacional e dos serviços estatais de fronteira e transporte. Nas redes sociais, ele condenou os ataques russos como deliberados contra áreas civis e renovou os apelos à comunidade internacional por sanções mais severas contra Moscou.
"O silêncio dos Estados Unidos, o silêncio de outros no mundo, apenas encoraja", afirmou Zelensky, referindo-se a Putin. "Sem uma pressão verdadeiramente forte sobre a liderança russa, essa brutalidade não pode ser interrompida. Sanções certamente ajudarão."
O Ministério da Defesa da Rússia não comentou os bombardeios diretamente, mas declarou que suas defesas aéreas abateram 110 drones ucranianos durante a noite anterior.
O ataque em larga escala e a troca de prisioneiros ocorrem em meio a uma guerra que já dura mais de dois anos e segue sem perspectiva imediata de cessar-fogo, apesar das tentativas de diálogo realizadas em fóruns internacionais.