Sabatina: 'Culminou em uma série de irregularidades', diz Aras ao criticar Operação Lava-Jato
Gestão do PGR foi responsável por acabar com as forças-tarefas de Curitiba, Rio e SP

Foto: Reprodução/Senado
Durante fala inicial em sua sabatina à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o procurador-geral da República, Augusto Aras, criticou a Operação Lava-Jato. O PGR também disse que seu antecessor, Rodrigo Janot, "poderia contribuir flechadas, criminalizando a política", mas não o fez.
"O modelo das forças-tarefas, com pessoalização, culminou em uma série de irregularidades que vieram à público, tais como os episódios revelados na 'Vaza Jato', a frustrada gestão de vultosas quantias arrecadadas em acordo de colaborações e acordos de leniência, por meio de fundos não previstos em lei", disse Aras aos parlamentares.
A gestão de Aras foi responsável por acabar com as forças-tarefas de Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro, o qual foi substituído por um novo modelo, com menor estrutura de apoio. Segundo ele, as forças tinham "deficiência de institucionalidade, sobretudo em alguns procedimentos de investigação".
O procurador também declarou que não permitiu que o Ministério Público "quisesse se substituir ao Legislativo, ao Judiciário ou ao Executivo" e defendeu a separação dos Poderes:
"Cumprir a Constituição é compreender a separação dos Poderes, é poder saber que o dever de fiscalizar condutas ilícitas não dá aos membros do Ministério Público nenhum poder inerente aos poderes constituídos, harmônicos e independentes entre si", pontuou.