Saiba a diferenças entre a vacina da Covid-19 para criança e adulto

Especialistas destacam que o imunizante é seguro e eficaz para ser aplicado no público infantil

Por Da Redação
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Saiba a diferenças entre a vacina da Covid-19 para criança e adulto

Foto: Getty Images

As crianças já começaram a receber as doses da vacina pediátrica da Pfizer contra a Covid-19 em muitos estados do país. Mas muitos pais e responsáveis ainda têm dúvidas e até mesmo receio da imunização do público infantil. Por isso, confira abaixo mais detalhes sobre as doses que estão sendo aplicadas. 

As informações foram obtidas e divulgadas pelo UOL, através de entrevista com a pediatra Ana Escobar, professora do curso de medicina da USP (Universidade de São Paulo) e o médico infectologista Leonardo Weissmann. Ambos os profissionais garantem que o imunizante é seguro e eficaz.

"Vacinas já salvaram inúmeras vidas. A varíola foi erradicada do planeta com a vacinação. A poliomielite está quase erradicada. O sarampo e a pneumonia mataram muito menos com a vacinação", diz a pediatra ao UOL. 

Uma das principais diferenças entre as vacinas da Pfizer contra Covid-19 para crianças e adultos é a tampa. O imunizante destinado ao ao público infantil possui a tampa da cor laranja, já as doses para os adultos têm a cor roxa na tampa. Isso é feito para que os aplicadores evitem fazer confusão entre os dois tipos.

Confira mais informações sobre a vacina infantil: 

- O imunizante aplicado nas crianças é o Comirnaty, da farmacêutica Pfizer. O uso está aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para a faixa etária de 5 a 11 anos, desde 16 de dezembro de 2021;

- A dosagem aplicada no público infantil é diferente e menor da que é aplicada em adultos e jovens a partir dos 12 anos. A aplicação para os infantes de 5 a 11 anos será em duas doses, cada uma com 10 microgramas - o que corresponde a um terço da dose destinada a pessoas a partir de 12 anos que é de 30 microgramas;

- O intervalo entre as doses, segundo a bula do imunizante Pfizer, é de 21 dias. Mas o governo brasileiro informou que adotará um intervalo de oito semanas. Os médicos dizem que o aumento no prazo é arriscado, visto que o país passa por um momento de alta de casos, devido à disseminação da variante Ômicron;

- Assim como ocorreu com o público adulto e jovem, o PNI (Plano Nacional de Imunização) prevê a prioridade de vacinação para crianças com comorbidades, portadoras de deficiência permanente, além de indígenas e quilombolas. No entanto, alguns estados declararam que devem começar seguindo a idade, por ordem decrescente - as crianças de 11 anos serão as primeiras vacinadas;

- Caso a criança complete 12 anos durante o intervalo entre as doses pediátricas, ela deverá concluir a vacinação com a segunda dose do imunizante pediátrico; 

- Quanto as reações causadas pela vacina, as mais relatadas são  dores no local da aplicação e cansaço. Os médicos insistem que os benefícios da vacina —já aprovada pelos órgãos reguladores— são muito superiores à possibilidade de haver reação adversa. Apesar do risco de desenvolver miocardite, a pediatra Ana Escobar destaca que o risco de ter miocardite após contrair covid-19 é 20 vezes maior do que pela vacinação. "Não existe justificativa para não vacinar as crianças", avalia; 

- Vale ressaltar que, ao menos, 301 crianças de 5 a 11 anos morreram em razão da Covid-19 no Brasil. Os dados são do Sivep-Gripe, base de dados do SUS (Sistema Único de Saúde), contabilizados desde março de 2020. No total, foram 6.163 casos de infecção nesta faixa etária. 

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