O pastor indígena José Acácio Serere Xavante, cuja prisão provocou protestos em Brasília (DF), na noite da última segunda-feira (12), é suspeito de condutas ilícitas e participação em diversos atos políticos.

Cacique Tsereré, como é conhecido, teve prisão temporária determinada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). 

Na internet, o apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou diversas ameaças ao mandatário eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele também afirmou que houve fraudes nas urnas e que o petista não foi o escolhido nas urnas.

O cacique ainda convocou as pessoas para impedir a diplomação de Lula e do vice Geraldo Alckmin (PSB), que ocorreu nesta segunda (12).

Além disso, de acordo com a Polícia Federal, o líder indígena realizou diversas manifestações em vários pontos de Brasília, como em frente ao Congresso Nacional, no Aeroporto Internacional de Brasília (onde invadiram a área de embarque), no centro de compras Park Shopping, na Esplanada dos Ministérios (durante a cerimônia de troca da bandeira nacional e em outros momentos) e em frente ao hotel onde estão hospedados Lula e Alckmin. Nos atos, ele estaria questionando o resultado da eleição e incitando a população a não aceitar o que foi verificado nas urnas.

O cacique, que se apresenta como pastor missionário evangélico, é líder xavante da Terra Indígena Parabubura.

Filiado ao Patriota, ele chegou a ser candidato a prefeito de Campinápolis (MT), em 2020. Com somente 9,7% dos votos, ele não foi eleito.