Salário mínimo ideal para garantir o básico nos lares seria de R$ 5,4 mil
Cálculo é do Dieese e considera o custo da cesta essencial de alimentos, educação, moradia e saúde para 'viver com dignidade'

Foto: Reprodução/Pexels
A proposta orçamentária anunciada pelo governo federal propõe reajusta de R$ 69,00 (6,27%) no salário mínimo de 2022. Ele passar a ser R$ 1.169,00. O reajuste é inferior à inflação projetada para o ano, que é de 7,46%. Desde 2019, o piso nacional passou a ser corrigido apenas pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), a fim de preservação do poder de compra do mínimo.
Como consequência, o salário mínimo fica cada vez mais distante do valor necessário para a sobrevivência das famílias, ganho real à remuneração dos profissionais. E bem distante do necessário para garantir a sobrevivência da família brasileira com dignidade, é o que diz a segundo a economista Patrícia Costa, supervisora de pesquisas do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Segundo Patrícia Costa, o salário mínimo ideal para garantir alimentação, educação, saúde e moradia, uma 'uma vida com dignidade', seria de R$ 5,4 mil, considerando a inflação atual do país.
Para ela, o novo piso nacional, se aprovado, ampliará a diferença entre o piso real, no caso R$ 1.100 em vigor e de R$ 1.169 (previsto para o ano que vem) e o necessário para a sobrevivência do brasileiro "com dignidade respeitando os preceitos da Constituição Federal".
Para chegar ao piso salarial necessário, o Dieese considera a cesta básica mais cara de 17 capitais e as necessidades básicas de uma família com dois adultos e duas crianças, conforma estabelece a Constituição Federal.


