Salvador registra 114 mortes no trânsito em 2018

A capital baiana registrou, em 2018, 114 mortes no trânsito. O número representa sete mortes a menos do que em 2017, o que para fins estatísticos significa praticamente a estagnação da redução da mortalidade pela causa na cidade, segundo especialistas ouvidos pelo Farol. Os dados foram divulgados pelo prefeito de Salvador, ACM Neto, e pelo superintendente do órgão de trânsito, Fabrizzio Müller, em coletiva à imprensa nesta segunda-feira (3), no Palácio Thomé de Souza. 

Os pedestres são as principais vítimas do trânsito na capital baiana. Foram, ao todo, 56 casos em 2018 contra 54 em 2017. Em segundo lugar, estão os ocupantes de motocicletas, com 39 mortes em 2018 contra 34 em 2017.

As mortes no trânsito na capital é um alerta para a Prefeitura de Salvador e para a Superintendência de Trânsito e Transporte de Salvador (Transalvador). A prefeitura, no entanto, não soube informar o que será feito para diminuir os números de mortes tanto de pedestres quanto de motociclistas.  

“Não bastam leis mais rígidas, muito menos multas. É preciso educação de trânsito. Pelo visto a partir dos dados, as campanhas ofertadas pelo órgão de trânsito de Salvador não são eficazes. É preciso pontuar os erros, saber o perfil de quem morre e onde morre”, diz Eduardo Pereira, especialista em educação para o trânsito. Em contrapartida, Müller justifica: “Muitos exercem atividades remuneradas, o que têm contribuído para essas estatísticas, sendo esse um fenômeno em todo o país e na América Latina”.

Os dados ainda incluem a queda mais expressiva no volume de vítimas. Segundo a prefeitura, os condutores foram os que menos morreram. Nesse grupo, a diminuição foi de 68% (seis em 2018 contra 19 em 2017).