Secretaria de Governo admite monitoramento de parlamentares nas redes sociais
Luiz Eduardo Ramos nega que deu ordens para realizar prática

Foto: Reprodução/Jornal de Brasília
A SGPR (Secretaria de Governo da Presidência) admitiu ter monitorado as redes sociais de parlamentares, com o objetivo de embasar a articulação política. O ministério negou que o monitoramento visasse à produção de relatórios. As informações são do colunista da revista Época, Guilherme Amado e foram publicadas nesta quinta-feira (26).
Em nota, a pasta chefiada por Luiz Eduardo Ramos afirmou que "conhecer os posicionamentos dos atores da sociedade — dentre eles os parlamentares — é um dos desdobramentos de uma articulação política eficiente e democrática". O ministério afirmou também que, até o mês de junho "não realizou nenhum trabalho de monitoramento para fins de produção de relatório, apenas o acompanhamento de dados abertos das pautas políticas do Congresso Nacional".
Desde então, o Ministério Público pediu que o TCU (Tribunal de Contas da União) apure a motivação do monitoramento. Ramos afirmou ainda que o monitoramento de parlamentares feito pela Secom (Secretaria de Comunicação) é um "absurdo", e que não foi determinado por ele. A secretaria comandada por Fabio Wajngarten não respondeu aos questionamentos feitos pela coluna.
A bancada do PSOL na Câmara pediu que a PGR (Procuradoria-Geral da Republica) investigue o presidente Jair Bolsonaro, Luiz Eduardo Ramos e Fabio Wajngarten, secretário de Comunicação da Presidência. O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP), acionou a PGR para investigar a Secom. Já o também deputado Célio Studart (PV-CE), pediu que a Justiça Federal do estado suspenda o monitoramento do Planalto.


