Secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro pede demissão a Witzel

O secretário de Polícia Civil do Rio, delegado Marcus Vinicius de Almeida Braga, pediu demissão ao governador Wilson Witzel neste sábado. 
Braga enviou uma carta dias após a operação Placebo, deflagrada pela Polícia Federal tendo como foco o governador do estado, sem justificar o motivo da saída, onde pede para ser exonerado e agradece pelos "avanços" conquistados em um ano e meio à frente da pasta.

A saída do delegado acontece em meio a uma série de exonerações no Executivo fluminense.

Na quinta-feira (28), Witzel exonerou os secretários de Casa Civil, André Moura, e de Fazenda, Luiz Cláudio Rodrigues de Carvalho.

A escolha marcou um aceno do governador ao secretário de Desenvolvimento Econômico, Lucas Tristão, considerado adversário dos dispensados. Tristão, assim como a primeira-dama, Helena Witzel, é peça-chave na investigação do Ministério Público sobre esquemas de corrupção na Saúde.

Dois secretários da Assembleia Legislativa também entregaram de cargos. O líder e o vice-líder da Alerj anunciaram que não vão mais cumprir as funções.

O atrito com a Casa se dá em meio a três pedidos de impeachment apresentados após a operação – o primeiro por tucanos, o segundo por bolsonaristas e o terceiro por deputados do Novo, que também pedem o afastamento de Tristão.

Na carta enviada a Witzel, o delegado Braga destacou o status de secretaria dado à Polícia Civil após o desmantelamento da Secretaria de Segurança Pública, que, segundo ele, fez com que a investigação criminal atingisse "patamares sem precedentes na história, sendo-lhe assegurada absoluta autonomia, tanto na condução das investigações como na escolha daqueles em cargos de chefia e direção."

Ainda não foi informado quem assumirá o cargo na Polícia Civil.