Secretário de Fazenda diz que Nordeste não teve queda no Bolsa Família
Segundo ele, 95% do público do Bolsa Família no país passou a receber o auxílio emergencial

Foto: Agência Brasil
Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5), o secretário especial do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, disse que no Nordeste, cerca de 6,8 milhões de famílias migraram do Bolsa Família automaticamente para o auxílio emergencial de R$ 600. Apenas na Bahia, foram 1,7 milhão de famílias que passaram a receber mais, já que o benefício é três vezes maior. A afirmação foi passada como forma de negar queda no repasse do benefício social durante o período da pandemia da Covid-19 no Brasil.
Segundo ele, 95% do público do Bolsa Família no país passou a receber o auxílio emergencial. Ele explicou que quando terminar o período emergencial, os que migraram de benefício, voltarão automaticamente, sem ter que retornar para a fila. Em relação aos que continuam na fila, o secretário Executivo do Ministério da Economia, Marcelo Pacheco dos Guaranys, falou que optou-se colocar essas pessoas diretamente para receber o auxílio emergencial, depois elas serão alocadas no Bolsa Família.
"Uma das primeiras medidas que nós adotamos para os vulneráveis foi, justamente, zerar a fila do Bolsa Família. O Bolsa Família, conforme nos informou o Ministério da Cidadania, tem uma forma, um cadastro em que todas as informações são verificadas. O que eles fizeram foi uma verificação expressa, pra poder englobar o máximo de pessoas possível pra entrar. Salvo engano, cerca de 1,2 milhão de famílias elegíveis. Isso de fato foi feito", explicou Guaranys.
Waldery Rodrigues ainda confirmou que o governo vai pagar mais dois meses do auxílio emergencial adotado como ajuda a trabalhadores informais durante a pandemia. Nesta quinta (4), o presidente Jair Bolsonaro afirmou em sua live que já definiu com o ministro da Economia Paulo Guedes o pagamento adicional de duas parcelas do auxílio emergencial, porém com valor menor que R$ 600. Guedes sinalizou que estuda R$ 300 reais e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, defende a continuidade do valor atual.