Segundo CNS, compra de vacinas pela iniciativa privada oficializa "fura-fila"
Atualmente em discussão no Congresso o projeto de lei n. 948 tem viabiliza a compra de vacina por fortes, sem obrigatoriedade de ceder parte ao SUS

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O Conselho Nacional de Saúde (CNS) se manifestou através de um vídeo divulgado nas redes sociais, contra o projeto de lei que autoriza a iniciativa privada a adquirir vacinas contra a covid-19. Nas imagens, o presidente do CNS, Fernando Pigatto, disse que o texto "garantia o fura-fila oficializado, camarote VIP da vacina".
Pigatto também aproveitou para criticar o governo federal por ter retardado o processo de compra de imunizantes. "O governo federal retardou o processo de vacina, a vacinação continua lenta mesmo nós tendo um programa de vacinação que é referência no mundo. Agora querem alterar no Congresso Nacional a lei 14.125 aprovada no início deste ano. Querem transformar o PL numa lei que substitui e garantia o fura-fila oficializado, camarote VIP da vacina ao nosso país, tirando a obrigatoriedade, inclusive quando para permitido, de doação para o Sistema Único de Saúde daquilo que para adquirido ".
Atualmente em discussão no Congresso, o projeto de lei n. 948 da deputada Celina Leão (PP-DF), viabiliza a compra de vacina por fortes, sem obrigatoriedade de ceder parte ao SUS. De acordo com o PL, as vacinas adquiridas, seriam para uso em funcionários e familiares.
O Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde também se pronunciou sobre as decisões ao projeto. Em coletiva esta semana, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) defendeu o projeto relatado por Celina. Segundo ele, o texto foi conversado com o presidente Jair Bolsonaro, durante a primeira reunião do Comitê de Enfrentamento à Covid-19.