Segundo especialistas, mutações já detectadas não alteram eficácia de vacinas contra Covid-19

Mudanças alteram proteína que o novo coronavírus usa para infectar células humanas

Por Da Redação
Ás

Segundo especialistas, mutações já detectadas não alteram eficácia de vacinas contra Covid-19

Foto: Agência Brasil

As mutações do novo coronavírus é um fator que vem preocupando os especialistas devido à durabilidade de uma vacina contra a Covid-19. Contudo, especialistas afirmaram na última quarta-feira (16), que as mutações já identificadas não alteram a eficácia da vacina. Há meses, pesquisas tentam identificar essas alterações e analisá-las  com o objetivo de verificar o perigo que elas representam. Recentemente, uma mudança no vírus foi identificada no Reino Unido. De acordo com o ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, a nova versão do vírus “pode estar associada à disseminação mais rápida no sudeste da Inglaterra". 

As mutações incluem mudanças na proteína que o novo coronavírus usa para infectar células humanas (“espiga”), informou um grupo de cientistas que rastreia a genética do vírus. Eles alertaram que ainda não está claro se essas alterações o tornam mais infeccioso. “Esforços estão sendo feitos para confirmar se alguma destas mutações está contribuindo ou não para uma transmissão maior”, disseram os cientistas do Consórcio de Genômica de Covid-19 do Reino Unido (COG-UK) em um comunicado.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), “todos os vírus, incluindo o da Covid-19, mudam com o tempo”. No começo de novembro, a Dinamarca anunciou que eliminaria toda a população de visons depois de descobrir evidências de que a Covid-19 havia sofrido mutação no animal, após ser transmitida por humanos.

A nova variante também se espalhou para os humanos, com centenas de infecções confirmadas. Porém, semanas depois, as autoridades de saúde dinamarquesas disseram que a mutação do novo coronavírus encontrada nos visons estava praticamente extinta e que nenhum outro caso foi confirmado.

Vacina

Até o momento, nenhuma das mutações detectadas altera o vírus que provoca a Covid-19 de forma que comprometa a eficácia da vacina, explicou Kfouri, da SBIm. "Não há demonstração até o momento que essas mutações tenham relação com mais gravidade, transmissão mais rápida ou aspecto diferente que a vacina não cubra", afirmou.  "Hoje, com a facilidade para sequenciar genomicamente os vírus, conseguimos reconhecer as mínimas mutações que o vírus sofre", completou.

Em entrevista à revista Nature, David Montefiori, diretor de um laboratório de pesquisa para uma vacina contra a Aids na Universidade Duke, na Carolina do Norte (EUA), disse que as mutações da Covid-19 podem ser semelhantes às observadas no HIV, as quais o ajudam a “enganar” e escapar do sistema imunológico. Contudo, o novo coronavírus estaria mudando mais lentamente do que a sua disseminação, em relação ao HIV.
 

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