Segundo governador, pacientes do Amazonas serão transferidos para seis estados
Os hospitais estão lotados e sem oxigênio para os pacientes

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De acordo com o governador Wilson Lima, os pacientes do Amazonas serão levados para outros seis estados para receber atendimento médico por causa do colapso no sistema de saúde local. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (14).
Os hospitais estão lotados e sem oxigênio para os pacientes.
Nos últimos sete dias, a capital amazonense sofreu um aumento dramático no número de casos, internações e mortes por Covid-19. A média móvel de morte cresceu 183% durante o período.
De acordo com o governador Wilson Lima, os lugares que devem atender pacientes amazonenses são: Goiás, Piauí, Maranhão, Brasília, Paraíba e Rio Grande do Norte. Segundo o governo, houve um estudo dos estados para decidir quais participariam do acolhimento aos pacientes para que não sobrecarregassem a rede assistencial de outros locais.
De acordo com o representante do Ministério da Saúde, Coronel Franco Duarte, serão transportados pacientes com estado de saúde considerado em fase moderada da covid-19. "São pacientes que ainda continuam dependentes do oxigênio, mas eles têm toda a segurança plena para serem aerotransportados. O paciente do Amazonas que subir na aeronave terá toda a segurança e assistência, com cobertura até de assistentes psicossociais, para não haver falha nenhuma".
Um dos primeiros estados a receber pacientes do Amazonas é o Piauí. Na manhã desta quinta, 30 pacientes de Manaus com Covid-19 foram encaminhados para Teresina.
Segundo Duarte, uma das razões para a crise é o consumo de oxigênio por pacientes de leitos clínicos. "Aquele paciente que não está no leito de UTI é o que consome mais, porque ele fica ao lado do regulador de oxigênio. A sensação é a falta de ar, e você abrindo o acesso ao oxigênio, você tem a sensação de bem estar, mas em contrapartida, aumenta muito essa demanda".
Durante um pronunciamento, o Secretário da Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, disse que há leitos abertos prontos para serem utilizados no Hospital Universitário Getúlio Vargas, no Nilton Lins e outras unidades, mas não foram ativados por conta da falta de oxigênio.