Segundo jornal "O Dia", Secretaria de Saúde do RJ investiga clínicas por abrir frascos da vacina de Oxford
Ainda segundo o jornal, por causa desse problema, houve descarte de cinco doses da vacina
Foto: Maurício Bazilio/SES
Duas clínicas de saúde no Rio de Janeiro são investigadas pela Secretaria de Saúde do estado após a abertura de frascos da vacina de Oxford/AstraZeneca ao fim do dia. Para não perder o conteúdo, profissionais de Saúde tiveram que procurar pessoas fora do grupo prioritário para que fossem vacinadas. O frasco com os imunizantes têm 10 doses.
De acordo com o jornal "O Dia", por causa desse problema, houve descarte de cinco doses da vacina de Oxford/AstraZeneca. Segundo a reportagem publicada nesta quarta-feira (27), funcionários de uma Clínica da Família da Zona Oeste fizeram a denúncia. O secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, nega que os imunizantes tenham sido descartados.
Segundo Daniel Soranz, o que ocorreu na quarta-feira foi que algumas pessoas que não eram profissionais de Saúde foram procuradas para receber a dose. "Alguns profissionais da Saúde quiseram abrir frascos de 10 doses (Oxford/AstraZeneca) em vez de abrir de uma dose (CoronaVac). Como sobrou vacina, eles tiveram que procurar pessoas da região para vacinar. Isso é para ser caso estritamente excepcional e precisa se documentar que isso aconteceu. A regra da secretaria é que não se desperdice dose, é que se vacine todas as pessoas".
Diferentemente da vacina CoronaVac, que é distribuída num frasco com apenas uma dose, a de Oxford é recebida num recipiente onde cabem 10 doses da vacina.
Soranz afirmou que ontem (27) foi o primeiro dia com a vacinação de Oxford e os frascos multidose. "Houve esse problema em outras duas unidades, mas tem uma nota técnica da secretária de como proceder. É para ser um caso excepcional, não pode ser desculpa para furar fila. Não tenho relato de desperdício de dose. Se teve algum profissional que fez errado tem que apurar. Se a gente descobrir profissionais fazendo intencionalmente, serão punidos".
Por enquanto, no Rio, apenas profissionais de Saúde com mais de 60 anos podem ser vacinados. A partir da próxima segunda-feira (1º), idosos de 99 anos começarão a receber o imunizante.
