Seguradora de filme pode não pagar família de diretora de fotografia morta

A família da diretora de fotografia Halyna Hutchins, que morreu após ser baleada dentro do set de filmagens do filme “Rust”, deve mover um processo e, ao que tudo indica, querer enquadrar o caso como homicídio culposo. A produção tem uma apólice de seguro limitada a US$ 6 milhões (cerca de R$ 33,4 milhões) para cobrir incidentes envolvendo ferimentos e mortes, de acordo com o site TMZ. 

Embora a quantia seja alta, ela ainda pode crescer nos tribunais. Isso porque a Lei do Novo México prevê indenizações extras para punir casos que envolvam imprudência ou má conduta desenfreada. E as informações iniciais indicam que, pelo menos, houve negligência grave no set, já que uma arma de verdade foi usada. Na ocasião, o revólver disparou e os profissionais deveriam ter deixado a área da cena, o que não aconteceu. Além disso, a arma não teve a inspeção devida antes de ser entregue a Alec Baldwin, responsável pelo disparo.

Além da morte da diretora, o diretor Joel Souza também foi baleado e ferido no incidente. O site aponta que ele também deve mover um processo, mas por danos pessoais. Nesse caso, o montante seria dividido pelas famílias e pelo diretor. Todos esses agravantes, se comprovados, podem anular a apólice, caso esteja previsto em contrato que violações de requisitos acordados podem permitir que a empresa negue o pagamento da cobertura. É possível, por exemplo, que tenha sido estabelecido que a seguradora vetasse o uso de armas reais no set.