Seguro-desemprego deixa de ser opção para pagar cortes de salário e jornada
Esforço agora é buscar alternativas dentro do Orçamento

Foto: Reprodução/ Agência Brasil
A equipe econômica do governo federal mudou a estratégia para tirar do papel o programa que permite novos acordos para redução de jornada e salário ou suspensão de contrato dos trabalhadores. O esforço agora é buscar dentro do Orçamento e, por isso, integrantes da economia já admitem a abertura de um crédito extraordinário, fora do teto de gastos para bancar o programa. As informações são do Estadão/Broadcast.
O governo estima que a nova rodada de reduções de jornada e salário ou suspensões de contrato deva alcançar de
2,7 milhões a 3 milhões de trabalhadores.
Essa alteração do seguro-desemprego caiu na "ordem de prioridade" para financiar o benefício emergencial (BEm) depois de ter uma receptividade ruim dentro do próprio governo, economistas e centrais sindicais.
A proposta de mudança na política permanente de proteção aos trabalhadores demitidos, incluía a previsão de parcelas decrescentes (com um corte de 10% a cada mês) e uma carência maior para o acesso ao pedido a partir do segundo. Hoje, o valor da parcela do seguro é fixo em todos os meses.
Para a equipe econômica, a nova rodada do programa atende aos requisitos de imprevisibilidade e urgência para a abertura de um crédito extraordinário.